sexta-feira, 18 de maio de 2012

Músculo psoas - triatletas





A maioria dos praticantes de triathlon já sentiu aquele desconforto na virília ou dores na lombar. Mas enfim, qual pode ser a causa destas dores?

O músculo psoas, associoado a outros músculos (mais 29 músculos que fazem parte do Core) são os grandes estabilizadores da região lombar-pelve-quadril, controlando e suportando os movimentos da perna durante a atividade.

Este grande CENTRO (lombar-pelve-quadril) é responsável pera geração e dissipação de forças para o resto do corpo, principalmente para os membros inferiores. Isto é válido tanto para o ciclismo quanto para a natação e corrida.

Os triatletas, principalmente os de Ironman tem por rotina de treinamento um grande volume sobre a bike em cima do clip. Nesta posição de “fechamento” o músculo psoas está em encurtamento e é constantemente solicitado na puxada do pedal e na estabilização para uma boa pedalada.

Este músculo extremamente encurtado e rígido leva a um desequilíbrio muscular da pelve. Isso se explica porque um músculo rígido e encurtado não trabalha na sua maior eficiência, comprometendo a mobilidade da pelve e coxofemural, diminuindo também sua capacidade de produção de força e por um mecanismo neurológico chamado de inibição recíproca: quando um músculo contrai o oposto relaxa, e neste caso como o psoas está sempre em tensão ele acaba inibindo o glúteo máximo (outro estabilizador pélvico) causando assim um desequilíbrio pélvico maior ainda.

Esta instabilidade e desequilíbrio muscular pélvico gera um uso excessivo e inadequado de toda unidade funcional inferior sendo responsável não só por dores na própria região pélvica (piriforme, glúteos, adutores, púbis), mas também por dores e lesões lombares e de todo membro inferior (tendinites de posteriores de coxa, quadríceps, aquiles, fasceítes plantares).

Por estes motivos o tratamento destas lesões deve ser muito bem planejado, visando primeiramente o reequilíbrio desta região pélvica, tanto nos encurtamentos e mobilidade natural quanto na reativação dos músculos que estão inibidos e consequente estabilização central e somente então tratar se necessário a lesão em si. Caso contrário estas lesões irão sempre reincidir, pois não será solucionada a causa do problema.

Sendo assim, se dermos atenção devida aos alongamentos, mobilidade e estabilidade desta região pélvica o músculo psoas pode passar de vilão à aliado dos triatletas. Já que esta área em constante equilíbrio é uma grande produtora de forças para a melhora da performance e auxilía na prevenção de lesões dos mais variados tipos!

Treine com saúde! Previna!

Por Caroline Gassen



Um pouquinho de anatomia:


Paradoxo do iliopsoas. 
 
Embora o iliopsoas seja considerado um flexor do quadril e ajuda na flexão de coluna. Em determinada situação ele pode atuar como extensor da coluna lombar, por isso, alguns especialistas dão a este fenômeno o nome de paradoxo do iliopsoas.
Isso acontece quando fazemos uma flexão de tronco sobre as pernas e elas estiverem estendidas e fixas ou quando partimos para elevação das pernas estendidas com o tronco fixo ao chão. No momento do torque inicial devido a origem do músculo psoas maior ser nas vértebras lombares ele primeiramente irá tracionar a coluna lombar em direção a sua inserção acontecendo assim uma extensão da coluna lombar, invertendo assim seu papel que é de flexão de coluna.


O Pilates é uma ótima opção para esses atletas pois podemos atuar na prevenção e no tratamento, o Pilates visa o equilíbrio muscular de uma forma global e tem exercícios ótimos para este caso específico de trabalho com o músculo psoas! Faça uma aula experimental!Conheça o método Pilates!!


Fonte:http://desportiva.facafisioterapia.net/
Atlas de anatomia do movimento – Rolf wirhed; 

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