sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Hipertensão Arterial, uma doença silenciosa


Hipertensão Arterial ou “Pressão Alta” significa que a pressão dentro das artérias de uma pessoa subiu a valores elevados e permanecem altos. Consideramos hoje, que o nível de pressão máxima maior do que 140 mmHg ou pressão mínima maior do que 90 mmHg indicam “pressão alta”. Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.


No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão. A hipertensão arterial pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima).


A maioria desses indivíduos, 95%, tem hipertensão arterial chamada de essencial ou primária (sem causa) e 5% têm hipertensão arterial secundária a uma causa bem definida. O achado de hipertensão é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.


Sintomas


Na maioria dos indivíduos, a hipertensão não produz sintomas, apesar da coincidência do surgimento de determinados sintomas que muitos consideram (de maneira equivocada) associados à hipertensão arterial: cefaléia, sangramento pelo nariz, tontura, rubor facial e cansaço. Embora os indivíduos com hipertensão possam apresentar esses sintomas, eles ocorrem com a mesma freqüência naqueles com pressão arterial normal. Quando indivíduo apresenta uma hipertensão grave ou prolongada e não tratada, ela apresenta sintomas como cefaléia, fadiga, náusea, vômito, dispnéia, agitação e visão borrada em decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.


Complicações


A hipertensão é uma doença crônica que quando não tratada aumenta o risco de uma cardiopatia (como a insuficiência cardíaca ou o infarto do miocárdio), de insuficiência renal e de acidente vascular cerebral em pessoas jovens. A hipertensão é o fator de risco mais importante do acidente vascular cerebral. Ela também é um dos três principais fatores de risco do infarto do miocárdio contra o qual uma pessoa pode instituir medidas. É muito importante entender que quem sofre de hipertensão arterial terá que fazer seu controle por toda a vida, visto que, na grande maioria das pessoas (95%), não se consegue descobrir sua causa. De todos esses casos, felizmente, a grande maioria (90%) apresentará hipertensão leve, ou seja, fácil de controlar e tratar.


Alimentação Correta e o que evitar


O alimento mais relacionado com a Hipertensão é o sal, que deve ser controlado na dieta. Algumas pessoas têm a pressão arterial mais sensível ao sal do que outras, mas de um modo geral, recomenda-se a todos, hipertensos ou não, comerem pouco sal.


Os alimentos gordurosos também devem ser controlados, além de se dosar periodicamente o colesterol através de exame de sangue. Bebidas alcóolicas também devem ser usadas com moderação. O fumo não provoca somente doenças pulmonares como o câncer, ele também provoca o endurecimento das artérias ou arteriosclerose, e com isso força o coração a trabalhar com mais esforço e freqüência, levando ao aumento da pressão.


A vida sedentária é comprovadamente um fator de risco. A pessoa mais bem preparada fisicamente, que faz exercícios regulares, tem menor chance de apresentar problemas de coração e pressão alta.


Um novo estudo, cujo autor principal foi o Dr. Kristen Knutson da Universidade de Chicago (Estados Unidos), confirma que uma boa noite de sono associa-se a menores níveis da pressão arterial. Uma curta duração do sono associou-se a um aumento do risco de desenvolvimento da hipertensão. Para cada hora a menos de sono, observou-se um aumento do risco relativo da incidência de hipertensão em 37%. Esse estudo afirma que a perda do sono pode levar a um aumento crônico da atividade do sistema nervoso simpático, levando à liberação de adrenalina, o que causaria um aumento da pressão arterial.


Terapia Medicamentosa


Teoricamente, qualquer pessoa com hipertensão pode mantê-la sob controle por meio de uma grande variedade de drogas, mas o tratamento deve ser individualizado. O tratamento é mais eficaz quando existe uma boa comunicação entre o paciente e o médico e a colaboração com o programa de tratamento.


Portanto, se você não tem hipertensão arterial, cuide-se para evitá-la e se você tem, cuide-se para controlá-la. Pratique exercícios, não fume, tenha cuidado com sua alimentação, controle periodicamente sua pressão arterial, e combata o stress!!!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ENTENDA MELHOR A DIABETES


O que é ?


É uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.

O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente.


Pode ser classificada em:


- Tipo I: Ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina.

- Tipo II: Provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção.

- Outras formas: quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.

- Gestacional: Circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.


O que se sente?


Os sintomas são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo.

Os sintomas do aumento da glicemia são: sede excessiva, aumento do volume da urina, fadiga, fraqueza, tonturas, aumento de apetite, perda de peso, entre outros.

Os sintomas das complicações que podem surgir envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.


Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de micções (incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce. O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas.


Fatores de risco


Idade maior ou igual a 45 anos, sedentarismo, histórico familiar (pais, irmãos, filhos), HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados, hipertensão arterial, doença coronariana, Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida, Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas, diuréticos tiazídicos e beta-bloqueadores).


Tratamento


Alimentação: é o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente. Para atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação sócioeconômico-cultural.


Atividade física: todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-circulatórias que possam contra-indicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao paciente. Além do exercício aeróbico, outras modalidades podem ser praticadas adicionalmente, como o PILATES, que pode ajudar a reduzir o stress, aumentar a força e a flexibilidade muscular.


Medicamentos: são medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. A insulina é a medicação primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.


PREVENIR É SEMPRE O MELHOR REMÉDIO! CUIDE-SE!