É comum a confusão dos termos artrite e artrose pela população, para ajudarmos a esclarecer um pouco sobre estas doenças vamos falar hoje da Artrite e também de como o Pilates pode ajudar no tratamento. Em um próximo post abordaremos a artrose.
A artrite apresenta diferentes fatores desencadeantes (causas). Dependendo de sua forma de manifestação, ela poderá ser classificada como Artrite Degenerativa, Artrite Gotosa, Artrite Piogênica Aguda, Artrite Psoriáca ou Artrite Reumatóide.
A Artrite Degenerativa é uma doença crônica. Um de seus principais sintomas é dor ao movimentar-se. Esta forma da doença degenera a cartilagem articular e causa hipertrofia nos ossos. As articulações mais acometidas por esta doença são as do joelho, coluna espinhal e as articulações coxofemorais.
A Artrite Gotosa é uma outra forma de manifestação da artrite, acometendo, principalmente, o sexo masculino. Ela é uma inflamação causada por microcristais minerais de urato. Ela se manifesta principalmente no dedo e dorso do pé, tornozelos, joelhos e cotovelos. Entre seus sintomas pode haver febre e limitação de movimentos por causa da dor.
A Artrite Piogênica Aguda afeta principalmente as articulações dos ombros, joelhos e coxofemorais. As menos acometidas por este tipo de artrite são as articulações dos tornozelos, cotovelos e punhos.
A Artrite Psoríaca possui esta definição em decorrência da doença de pele denominada psoríase. Assim sendo, a articulação pode ser seriamente prejudicada por esta doença.
A Atrite Reumatóide (AR) é uma doença auto-imune, ou seja, o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos, neste caso, o alvo será sua própria cartilagem e revestimento articular. Esta doença causa inflamação e vermelhidão da articulação acometida, além de inchaço, dor, calor e perda da função.
A seguir falaremos mais sobre a Artrite Reumatóide, o que é, diagnóstico e tratamento.
Na AR a forma mais freqüente de início da doença é artrite simétrica (por exemplo: os dois punhos, os dedos das duas mãos) e aditiva (as primeiras articulações comprometidas permanecem e outras vão se somando). Costuma ser de instalação lenta e pouco agressiva, localizando-se inicialmente nas pequenas articulações das mãos.
Uma característica é a rigidez matinal, após uma noite de sono, os pacientes amanhecem com importante dificuldade em movimentar as articulações, a qual permanece por mais de 1 hora. Alguns pacientes queixam-se de mal-estar, fadiga e dor muscular que podem acompanhar ou anteceder a artrite.
O termo artrite quer dizer inflamação nas articulações. Embora a inflamação se limite à membrana articular, a articulação aparece inchada, vermelha e tumefata. À medida que o processo inflamatório avança, ocorrem deformações na região afetada com possibilidade de tornar a estrutura inválida. Com isso, há a probabilidade do surgimento de nódulos que invadem e destróem a cartilagem, podendo afetar outros órgãos como o coração, o fígado, os pulmões, os rins, as artérias e o sistema nervoso periférico. Nestes casos, existem sintomas diferenciados, de acordo com o órgão.
O principal sintoma é a dor, proporcional ao grau de inflamação. A princípio, se dá com os movimentos ou pressão sobre a articulação afetada, com a progressão da doença, a dor se manifesta em repouso e acompanhada de atrofia muscular. Ainda, pode ocorrer febre, perda de apetite e de peso. Para a artrite, infelizmente, não existem formas de prevenção.
O diagnóstico é feito pelo médico por meio de uma consulta com uma história e exame físico completos, que incluem busca de sintomas de atividade da doença, avaliação do estado funcional atual evidências objetivas de inflamação articular, problemas mecânicos articulares, presença de comprometimento extra-articular e de lesão radiográfica. O médico poderá solicitar exames complementares que incluem: hemograma completo, velocidade de hemossedimentação, função renal, enzimas hepáticas, exame qualitativo de urina, fator reumatóide, análise do líquido intra-articular, radiografia das articulações das mãos, dos pés e das demais articulações comprometidas.
O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são extremamente importantes para o controle adequado da artrite, prevenindo a incapacidade funcional e lesão articular irreversível. Os objetivos principais do tratamento são: prevenir ou controlar a lesão articular, prevenir a perda de função, diminuir a dor e maximizar a qualidade de vida.
O tartamento inclui medicamentos como Anti-inflamatórios não esteróides, analgésicos e corticóides (ou corticoesteróides) a serem prescritos pelo médico. O tratamento também pode incluir a fisioterapia e prescrição de exercícios físicos.
O repouso durante um curto período de tempo pode ser benéfico para pacientes com doença grave e dolorosa a ser prescrito por um médico. Já para pessoas com sintomas leves e moderados a estratégia terapêutica deverá contemplar períodos alternados de atividades e repouso. A imobilização ou restrição dos movimentos quando prescrita tem como objetivo aliviar as dores pela estabilização articular, contenção e realinhamento. Sua utilização deve ser feita mediante orientação médica.
O tratamento não medicamentoso inclui a prescrição de exercícios terapeuticos. Deve existir um equilíbrio importante entre o exercício e o descanso para o paciente com artrite.
O exercício é muito importante para todos os doentes reumáticos. O músculo, quando bem trabalhado e de forma equilibrada e constante, ajuda muito a que o impacto da doença seja menor. A regra é fazer exercício de acordo com as suas capacidades de forma regular. Não deve exagerar, mas não deve parar de fazer exercício por causa da doença. Ao contrário do que se pensa, o exercício adaptado ao seu caso pode reduzir o cansaço e melhorar o seu vigor e a sua capacidade física, assim como a sensação de bem-estar.
Com o PILATES, é possível realizar uma gama de exercícios com segurança e com efetividade. Em períodos de pico dos sintomas, o programa da aula é direcionado principalmente à mobilização das articulações, mantendo os cuidados apropriados para evitar o cansasso e sobrecarga, assim evitando que os sintomas se intensifiquem.
Quando as crises passarem, as dores e os inchassos diminuirem, a prescrição dos exercícios de PILATES podem progredir aos poucos, sem exageros, com a possibilidade de enfocar também nesse momento, o equilíbrio muscular através da força e flexibilidade dos músculos debilitados de forma que as articulações sejam preservadas. Além disso, o PILATES proporcionará uma grande consciência corporal ao indivíduo, que somado às capacidades físicas potencializadas em uma estrutura corporal equilibrada, resultará em um padrão de movimento mais eficiente e econômico, haverá então menos gasto de energia e as articulações estarão mais protegidas nas atividades da vida diárias.
É importante que o profissional e o próprio portador da artrite reumatóide preste muita atenção ao jeito e sensações dos movimentos, facilitando assim a adaptação ao programa de exercícios. Procure sempre um bom profissional habilitado no método Pilates.
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