sábado, 25 de dezembro de 2010

PILATES NAS PATOLOGIAS TÍPICAS DOS DENTISTAS


A odontologia é uma profissão que expõe o dentista a longos períodos de estresse físico e psíquico resultando em dores e possíveis patologias osteomusculares (DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Estudos classificam os profissionais de odontologia entre os que mais se afastam do trabalho por incapacidade temporária ou permanente, sendo cerca de 30% das causas de abandono prematuro da profissão.

Existem fatores que contribuem para esse fato: falta de intervalos entre atendimentos, falta de alongamentos e repousos, longa jornada de trabalho, a pressão sobre o profissional em seu ambiente de trabalho, falta de exercícios físicos, movimentos repetitivos, uso do mesmo grupo muscular para manter a posição de trabalho e principalmente posturas inadequadas para a execução das tarefas. As regiões mais acometidas pelo DORT em cirurgiões dentistas são: pescoço, punhos, mãos, ombros e região da coluna cervical e lombar.

O MÉTODO PILATES tem sido uma alternativa de condicionamento muscular procurado por muitos profissionais da área para a manutenção da boa postura, prevenir lesões, manter seu corpo saudável e mais resistente. A incorporação do método nos exercícios de solo e aparelhos permitirá que o praticante tenha um padrão postural melhor; aumente a flexibilidade e força de forma global; potencialize a coordenação motora e consciência corporal. O músculo alongado e resistente produz força com menor fadiga e transfere menor carga às junções miotendíneas e osteotendíneas (estruturas anatômicas dos músculos), prevenindo lesões.

Para esse público, é preciso enfatizar os grupos musculares estabilizadores da coluna, cintura escapular e membros superiores, já que assumem posições estáticas por um longo período. A respiração, a concentração e a fluidez de movimentos são princípios do método para existir uma conexão entre mente e corpo, dissipando tensões e stress, melhorando a disposição do dia-a-dia. O método não possui contra-indicação e pode ser utilizado por pessoas de todas as idades e todos os níveis de condição física, desde o sedentário, até o atleta de alto nível.

fonte: www.flexuspilates.com.br

Aulas de Pilates – Custo x Benefício

X
Graças à divulgação da mídia, dos depoimentos de celebridades e dos relatos de resultados rápidos, o público está cada vez mais ciente dos benefícios que o Pilates proporciona para o bem-estar físico. Isto tem motivado muitas pessoas a buscar pelos estúdios de Pilates.
No entanto, ao deparar-se com o valor requerido, alguns clientes surpreendem-se e até mesmo desistem de aderir às aulas. Na verdade, o valor está associado ao alto nível de formação dos profissionais e ao atendimento personalizado, característico do método.
As aulas de Pilates, são muito diferentes das aulas de ginástica comuns: quando não são individuais são em dupla no caso de nosso studio, ao contrário das aulas de ginásticas em academia, que chegam a somar 20 ou mais pessoas numa mesma sala.
O Pilates é baseado na atenção e consciência corporal. O olhar do professor deve estar sempre atento a cada movimento do aluno, como um Personal Trainer. Além disso, bons profissionais estão em constante aprendizado, e precisam de cursos de atualização. Professores especializados e com certificados internacionais são muito requisitados pelo mercado. O valor das aulas também pode mudar de acordo com a região do estúdio. O que vale é a lei da oferta e da procura. A mensalidade cobrada para duas aulas por semana pode variar entre R$150,00 e R$550,00.
É importante ressaltar que o custo vale a pena. O Pilates é muito mais do que uma aula destinada ao condicionamento físico. É um processo de integração de corpo e mente, que traz qualidade de vida e que contribui para a extinção de maus hábitos. A prática constante é capaz de prevenir e tratar problemas de saúde como dores na coluna, ansiedade e tensões musculares decorrentes do stress.
Experimente, agende uma aula experimental para conhecer melhor o método! Será certeza de retorno e satisfação.

Fonte: revista pilates

domingo, 17 de outubro de 2010

Ergonomia na utilização de notebooks - sua má utilização pode levar a quadros de dores crônicas!

Notebooks e netbooks são uma parte das vidas de muitas pessoas hoje, porém, se por um lado eles melhoram a eficiência do trabalho, o seu uso está causando a piora da postura e sendo causa de dores em braços, ombros e coluna. Os notebooks foram originalmente projetados para portabilidade e uso de curta duração mais seu uso mudou devido à melhoria cada vez maior de seus recursos e configurações que permitem muitas pessoas substituirem computadores de mesa por eles.
O problema principal com os laptops é que, visto que eles não têm uma tela e um teclado destacáveis, não há nenhuma postura que esteja completamente correta enquanto os esteja usando. Por exemplo, em “A”, o computador está muito alto e distante, com os braços do usuário elevados e estendidos, resultando em fadiga desnecessária nos ombros, pescoço, costas, antebraços e mãos. Em “B”, o usuário tem o laptop no colo, que facilita o bom posicionamento do braço, mas a cabeça do usuário está pendurada, causando tensão nos músculos das costas, pescoço, ombros e tórax. Em “C”, ele está em uma superfície que é muito baixa e próxima para uma visualização confortável, e muito alta para o conforto dos membros superiores. Observa-se que as mãos estão mais altas que os cotovelos, os pulsos estão descansando na extremidade da superfície de trabalho e a parte inferior das costas não está apoiada. Esta posição aumenta o risco de danos no pescoço, costas, cotovelos e punhos.
Isso sem falar de posturas geralmente encontradas
no seu uso doméstico por adolescentes, crianças e até em adultos como o uso em sofás, em cadeiras sobre o colo ou sobre as pernas dobradas, sentado ou deitado sobre a cama, em bancadas ou entre outras inúmeras possibilidades. Quando o usuário passa horas de seu dia em posições como estas isto aumentará a probabilidade de dor crônica futura. E muitas vezes quando questionada a pessoa não leva em consideração que estas horas passadas nos notebooks e netbooks possam ser responsáveis por suas dores.
Pois é, então como devemos fazer?

Existe uma alternativa, ainda que não seja a maneira ideal de se trabalhar, pois, estes computadores não são os ideais. Devemos procurar um suporte para notebook, que ofereça regulagem de altura para que possa se posicionar o computador com a la na linha dos olhos. Este suporte ainda que permite uma melhor ventilação do aparelho que tende a aquecer rapidamente. Também devemos adquirir um mouse e um teclado. Assim as mesmas dicas de ergonomia para o trabalho em desktops serão válidas.

A p
ostura sentada ergonomicamente correta considerada atualmente é: pescoço na posição neutra com campo visual de 15 a 30 graus abaixo da borda superior da tela e distante do operador 40 a 70 cm; flexão de quadril em torno dos 100 a 110 graus proporcionando a acomodação dos isquios, e de joelhos de 90 a 120 graus; membros superiores na posição vertical e alinhados ao tronco, formando um ângulo de 90 a 110 graus de cotovelo; punhos em alinhamento com os antebraços e mãos alinhadas com o punho (evitar a extensão de dedos durante a digitação). Cotovelos ao lado do tronco, antebraço formando o ângulo de 90 graus com o braço e os ombros devem estar relaxados. O espaço entre a área de trabalho e as pernas deve estar desobstruida. Os pés devem estar paralelos ao chão ou em um apoio para os pés. Também se deve ter atenção para evitar reflexos e brilho direto na tela que reflita nos olhos.

E como curiosidade para quem trabalha sentado em frente a um computador todos os dias, estes sempre tem a dúvida de qual cadeira é a ideal, então vamos lá!

Inicialmente, não existe nenhuma cadeira que possa ser usada de forma contínua ao longo das 8 horas de trabalho, pois a compressão dos tecidos exige mudanças periódicas de posição. Ao passarmos da postura em pé para sentada, há um aumento de 35% da pressão do núcleo dentro do disco. Recomenda-se, então, a quem trabalha sentado levantar-se por 5 minutos a cada hora e uma pausa programada para alongamentos.

Entretanto, a ergonomia sugere um modelo que tem as seguintes características:

- A cadeira de trabalho deve ser estofada, e com tecido que permita a transpiração. O estofamento reduz a pressão na região posterior das coxas, facilitando a circulação;

- A altura da cadeira deve ser regulável;

- A dimensão antero-posterior do assento não deve ser nem muito comprida nem muito curta. O tamanho ideal é aquele em que as coxas fiquem completamente apoiadas, porém, sem compressão da região posterior dos joelhos;

- A borda anterior do assento deve ser arredondada para evitar compressão das artérias, veias, nervos e tecidos da região posterior das coxas;

- Manter um bom ângulo entre o tronco e as coxas de 100 a 110 graus;

- Deve haver espaço na cadeira para acomodar as nádegas;

- Toda cadeira de trabalho deve ter apoio para o dorso. O apoio para o dorso reduz a pressão no disco intervertebral e coloca a musculatura paravertebral em repouso;

- O apoio para o dorso proporciona a transferência de parte do peso do corpo para o mesmo. O encosto deve se possível ser um pouco móvel para acompanhar o movimento das costas. Encostos não ajustáveis não fornecem apoio confortável à coluna;

- O apoio para o dorso deve ter uma forma que acompanhe as curvaturas da coluna, sem retificá-la, mas também sem acentuar suas curvaturas. Apoio dorsal muito retificado podem levar ao aumento assimétrico da pressão no disco intervertebral. Apoio dorsal muito arqueado acentua a lordose lombar e leva à fadiga dos músculos do pescoço, o apoio para dorso deve ter regulagem de altura e inclinação;

- Cadeiras giratórias para quando o trabalho exigir mobilidade. A cadeira deve ter 5 apoios, visando a estabilidade;

- Os pés devem estar sempre apoiados e pessoas baixas devem usar os suportes para apoiar os pés;

- Deve haver espaço suficiente para as pernas debaixo da mesa ou posto de trabalho.

Fontes: http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/1071.pdf http://www.ergonet.com.br/download/ergonomia-lombalgias.pdf


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sono X Dor: Relação dos distúrbios do sono e dores crônicas

No studio um assunto recorrente vem sendo o sono e sua relação com a dor, temos pacientes com patologias reumáticas como a fibromialgia e pensando neles e em seus familiares resolvi escrever um pouco sobre o assunto. Esse é um assunto complexo e cada caso é um caso, cada paciente tem uma relação mais ou menos intensa com as dores e com a insônia. Mais de uma forma geral espero poder prestar algum esclarecimento sobre esse assunto, vamos lá?


Os distúrbios do sono constituem uma manifestação frequente em doenças onde a dor exerce um papel importante. Nesses distúrbios além da sonolência diurna, outras manifestações devem ser levadas em conta como a fadiga, os distúrbios de humor e do raciocínio.

Diversas patologias apresentam piora dos sintomas à noite ou ao despertar, como é o caso das doenças reumatológicas como a fibromialgia, da isquemia miocárdica, da cefaléia, das queixas gastrointestinais, da dor tumoral, dos processos dentários e ainda dos distúrbios afetivos. Por outro lado, alteração do padrão de sono podem ser decorrentes de disfunções do organismo, tanto em crianças, como em adultos e idosos.

Pacientes com dor crônica apresentam redução da eficiência do sono, dificuldade para dormir e para o despertar. Além disso podem apresentar perfil depressivo. Dentre as condições que podem influenciar ou ser influenciadas pelo binômio dor e sono destacam-se os fatores psicogêncos e a atividade física. Estudos clínicos e experimentais tanto em humanos como em animais confirmam a associação entre o sono não reparador e manifestações dolorosas.

Este ciclo vicioso auto-sustentado apresenta de um lado o fator desencadeante, que é a dor crônica, que pode ser encarada como um agente estressor que ativa e mantém áreas do sistema nervoso central responsáveis pelo estado de alerta, enquanto descarta áreas responsáveis pelo início e manutenção do sono. Dessa forma, os distúrbios do sono aumentam à medida em que a dor aumenta. Por outro lado, a falta das funções restaurativas e reparativas do sono pode impedir o processo de cura, levando diretamente à dor, assim como pode afetar também áreas do SNC responsáveis por mobilizar mecanismos que são muito úteis para descartar a experiência dolorosa. Os distúrbios do sono causariam, portanto, diretamente mais dor e indiretamente um aumento da sensação dolorosa através da incapacidade do organismo de realizar mecanismos adaptativos.

Por que é preciso dormir?

O sono é fundamental para o funcionamento adequado do organismo. É neste período em que ocorre a produção de uma série de substâncias vitais para a saúde. Dentre essas substâncias destacam-se produtos envolvidos na manutenção do sono, na integridade do tecido muscular, nas vias de transmissão da dor e numa série de processos que resultam no equilíbrio do organismo e como vem sendo estudado mais recentemente na seleção de informações, fixação da memória e na aprendizagem eficiente.

Estrutura normal do sono

O sono é dividido em dois tipos: - sono REM (Rapid Eye Movements): é o estágio do sono no qual ocorre a maior parte dos sonhos e observa-se o maior relaxamento possível da musculatura. - sono não REM, que por sua vez é dividido em 4 estágios. No estágio 1 a pessoa apresenta um sono mais superficial, sendo que no estágio 2 consolida-se o sono propriamente dito. Os estágios 3 e 4 correspondem ao sono profundo. Durante uma mesma noite de sono a pessoa se encontra em diferentes estágios do sono diversas vezes.

A importância dos estágios do sono

Durante os estágios 1 e 2 do sono não REM o cérebro encontra-se em importante atividade. O sono profundo, ou seja, os estágios 3 e 4 do sono, são responsáveis pela característica restauradora do sono, ou seja, promovem descanso, disposição e energia para o organismo. Alguns sonhos podem ocorrer durante o sono profundo assim como a produção de substâncias relacionadas com a integridade dos músculos e nervos. Os estágios 3 e 4 do sono são também conhecidos como sono de ondas lentas ou sono delta, porque nestes estágios ocorre predomínio de uma onda lenta que tem este nome. No sono REM ocorre uma intensa atividade cerebral, tanto em termos de raciocínio como no que se refere à produção de diversas substâncias fundamentais para a vida, como hormônios e neurotransmissores. Deve-se ainda ressaltar que o sistema imunológico também é influenciado pelo sono profundo e sono REM. Portanto dormir bem ajuda na defesa do organismo contra processos infecciosos.


Métodos para o tratamento da dor crônica


Em geral são utilizados de maneira associada, conforme a necessidade de cada paciente. No aspecto medicamentoso, normalmente indica-se a utilização de analgésicos e antiinflamatórios concomitante ao uso de antidepressivos, neurolépticos e corticosteróides. Além dos medicamentos, outras abordagens multi e interdisciplinares são indicadas, entre elas a fisioterapia e a psicologia.

O método Pilates pode ser utilizado como instrumento do fisioterapeuta auxiliando no tratamento da dor crônica, entre os princípios da técnica esta a respiração, que leva a uma melhor oxigenação do corpo e promove o relaxamento. Os exercícios abrangem o nosso corpo de uma maneira uniforme, onde busca fortalecer, equilibrar e alongar a musculatura. Dentro da aula são feitos exercícios voltados para a condição física de cada aluno individualmente, respeitando seus limites e procurando alcançar uma melhora na qualidade de vida.

E para o sono...

Algumas recomendações são dadas no sentido de obter uma melhor qualidade do sono:

- Prepare-se gradualmente para ir para a cama, tente não realizar muitas tarefas ou tomar grandes decisões no período da noite;

- Tente sempre ter horários regulares para dormir e acordar, e tente manter estes horários todos os dias;

- Evite estimulantes à noite, como café, chá preto, álcool, cigarro. Chocolates e muitas medicações para dor contêm cafeína, e devem ser evitados.

- Tenha um jantar leve;

- Pratique exercícios de relaxamento à noite antes de dormir e, se acordar durante a noite, respire profundamente. Imagine-se relaxando os músculos da cabeça até os pés;

- Tome um banho quente antes de deitar;

- Reserve o quarto para dormir. Televisão e equipamentos de exercícios não devem estar no quarto. Não trabalhar ou comer no quarto;

- Não se deve fazer cochilos durante o dia, exceto se você estiver acostumado e isto não prejudicar o seu sono noturno;

- Dormir à noite e despertar com luz do sol. A luz ajuda a consolidar o ciclo vigília-sono. Às vezes tratamentos com luz são recomendados pelos médicos na abordagem da insônia;

- Mantenha o quarto escuro e silencioso quando for dormir. O uso de tampões nos ouvidos deve ser estimulado caso existam barulhos no lado de fora;

- Diminua a ingestão de líquidos após as 18:00 horas, para diminuir a chance de ter que levantar para urinar;

- A cama é para dormir – se depois de 5 a 10 minutos você estiver acordado e não conseguir dormir, saia do quarto e vá fazer outra atividade, de preferência ler fora do quarto. Quando sentir sono, volte para a cama.

- Se estiver tendo dor à noite, discuta com o seu médico sobre o uso de uma dose maior de medicações para a dor antes de dormir;

- Aprenda técnicas de relaxamento, esse foi um tema abordado na sexta-feira dia 8 de outubro pelo programa Globo Reporter. Um bom exemplo é a técnica da meditação, vale a pena tentar, outra dica foram exercícios de respiração, vale a pena tentar!

- Evite pílulas para dormir, apesar de ajudarem a dormir mais rápido, a maior parte delas piora a qualidade do sono, pois inibem o sono profundo e exacerbam quadros depressivos pré-existentes. Consulte seu médico.

Fontes:

http://drfranciscobravim.site.med.br; http://tathianatrocoli.wordpress.com; http://www.fibromialgia.com.br; http://revistavivasaude.uol.com.br

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Artrose - saiba mais sobre ela e como o Pilates também é indicado nesse caso!


A diferença - Artrite x Artrose

Artrite

O termo Artrite é utilizado para definir uma alteração inflamatória que acomete a articulação. Qualquer pessoa, quando submetido a determinados esforços mais intensos ou mesmo traumáticos, pode desenvolver um quadro inflamatório da articulação que, nesta fase aguda, recebera a denominação de artrite. A artrite (inflamação da articulação) pode ser sintoma de inúmeras doenças, sendo sempre de vital importância o diagnóstico da doença que originou a inflamação. A artrite dos esportistas, como regra é traumática e deve ser diferenciada daquela das outras doenças reumatológicas, dos processos infecciosos, das doenças microcristalinas e também, da Artrite Reumatóide, esta sim uma doença específica sobre a qual falamos no post anterior.

A Artrose

Os termos Osteoartrose, Osteoartrite e Artrose definem uma mesma doença. O prefixo "artro", vem do grego "arthros" e significa articulação, e a ele juntamos o sufixo "ose" que significa degeneração. Os termos Osteoartrite e Osteoartrose surgiram posteriormente, para exemplificar melhor a doença Artrose, quando foi descoberto que o osso sub condral (embaixo da cartilagem) participava no processo fisiopatológico da doença. Fisiologicamamente ela é um processo degenerativo articular que resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a reparação da mesma.

Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que possuem algum grau de movimentação entre eles. São exemplos de articulações os joelhos, os tornozelos, os dedos das mãos, os dos pés, o quadril, as vértebras da coluna, os ombros, os cotovelos, os punhos, a mandíbula etc.. Em todas estas articulações está presente o tecido cartilaginoso. A função básica da cartilagem articular é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque quando submetido à forças de pressões (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou de tração, como no caso dos membros superiores.

Para que este movimento de atrito entre dois ossos seja diminuído, outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que ajudam a manter unidas e estáveis as articulações. A Osteoartrose é, do ponto de vista médico, dividida em dois grandes grupos.

O primeiro denominado de Osteoartrose Primária, é formado por aqueles indivíduos que já possuem um patrimônio genético, que faz com que a patologia se desenvolva independentemente de fatores externos. O segundo grupo, denominado de Osteoartrose Secundária, é formado por pessoas que, em virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período da sua vida, passam a apresentar a patologia. Fazem parte deste grupo os indivíduos muito obesos, os que sofreram algum traumatismo articular (entorses, fraturas, luxações), os que sofreram algumas alterações hormonais específicas, os que executam esportes com micros traumatismos de repetição etc...

Aspectos epidemiológicos
– A doença é de caráter crônico, de evolução lenta e sem comprometimento sistêmico de outros órgãos, afetando as articulações periféricas e axiais, mais freqüentemente as que suportam peso. Na grande maioria dos indivíduos se desenvolve de maneira silenciosa. Incide, predominantemente, no sexo feminino, na idade adulta entre a 4ª e 5ª décadas e no período da menopausa, sendo que esta incidência aumenta com a idade. Abaixo dos 40 anos, a freqüência é semelhante, em ambos os sexos sendo, esta patologia, um tanto quanto incomum. A incidência desta patologia aumenta com a idade, estimando-se atingir 85% da população até os 64 anos sendo que, aos 85 anos é ela universal.

Fatores de Risco
- São apontados dois grandes grupos de fatores de risco para esta patologia. O primeiro decorrente da suscetibilidade individual e o segundo derivado dos fatores mecânicos. São considerados fatores de suscetibilidade individual a hereditariedade, fatores hormonais, obesidade, hipermotilidade, doenças metabólicas. São considerados fatores mecânicos os macro traumas, traumas repetitivos localizados, sobrecargas esportivas, uso inadequado de aparelhos de musculação, alteração da biomecânica normal da articulação. Em muitos destes fatores de risco há como se intervir, através de uma correção ou tratamento precoce, tentando evitar o aparecimento desta patologia. Perda de peso, equilíbrio e controle hormonal, orientação esportiva correta, uso de calçados adequados, correção de posturas, são medidas úteis e que podem ser adotadas precocemente.

Sintomas
: Antes da dor, os pacientes podem reclamar de desconforto articular ou ao redor das articulações e cansaço. Posteriormente, aparece dor e, mais tarde, deformidades e limitação da função articular. No início, a dor surge após uso prolongado ou sobrecarga das articulações comprometidas. Mais tarde, os pacientes reclamam que após longo período de inatividade como dormir ou sentar-se por muito tempo há dor no início do movimento que permanece alguns minutos. Na Osteoartrite de quadris e joelhos, subir e descer escadas fica mais difícil assim como caminhadas mais longas. A inflamação pode produzir aumento do líquido intra-articular. Nestas situações a dor aumenta, os movimentos ficam mais limitados e a palpação articular evidencia calor local além da presença do derrame. Acredita-se que só o fato de uma articulação estar comprometida já é suficiente para que se desenvolva atrofia muscular, mas certamente a falta de movimentos completos e a inatividade são fatores coadjuvantes importantes.

Tratamento
: O tipo de tratamento depende da gravidade, do acometimento e das particularidades do paciente. Pode incluir tanto tratamentos com ou sem medicamentos, que visam não somente aliviar a dor, mas sobretudo preservar a função da articulação em questão. Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios são prescritos pelos médicos em alguns casos como também drogras condroprotetoras. As terapias não medicamentosas são caracterizadas pela informação e consientização do paciente, dieta balanceada e sem excesso de gorduras, para evitar o sobrepeso e exercícios com prescrição apropriada. A redução de peso é importante quando existe acometimento das articulações de carga (coxofemurais, joelhos e tornozelos).

Os cuidados apropriados podem causar diferenças significativas na qualidade de vida do paciente, podendo evitar que a artrose cause maiores danos. Desta forma, o PILATES vem apresentando resultados excelentes a melhora da qualidade de vida dessas pessoas. A prática do método ajuda a amenizar as dores, porque fortalece a musculatura, desenvolve a flexibilidade e o controle motor. Há um grande repertório de exercícios de Pilates que visam a funcionalidade, a organização e fortalecimento da cintura escapular, tronco e braços, bem como o complexo lombar-pélvico dos quadris, pernas e pés. Os exercícios focam a amplitude articular, alongamentos e reforço muscular, fundamentais para a prevenção dos sintomas dolorosos.

Apesar de não ter cura, a artrose pode e deve ser controlada, mantendo-se um bom padrão de qualidade de vida. Portanto, previna-se!!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Artrite e o Pilates


É comum a confusão dos termos artrite e artrose pela população, para ajudarmos a esclarecer um pouco sobre estas doenças vamos falar hoje da Artrite e também de como o Pilates pode ajudar no tratamento. Em um próximo post abordaremos a artrose.
A artrite apresenta diferentes fatores desencadeantes (causas). Dependendo de sua forma de manifestação, ela poderá ser classificada como Artrite Degenerativa, Artrite Gotosa, Artrite Piogênica Aguda, Artrite Psoriáca ou Artrite Reumatóide.


A Artrite Degenerativa é uma doença crônica. Um de seus principais sintomas é dor ao movimentar-se. Esta forma da doença degenera a cartilagem articular e causa hipertrofia nos ossos. As articulações mais acometidas por esta doença são as do joelho, coluna espinhal e as articulações coxofemorais.


A Artrite Gotosa é uma outra forma de manifestação da artrite, acometendo, principalmente, o sexo masculino. Ela é uma inflamação causada por microcristais minerais de urato. Ela se manifesta principalmente no dedo e dorso do pé, tornozelos, joelhos e cotovelos. Entre seus sintomas pode haver febre e limitação de movimentos por causa da dor.


A Artrite Piogênica Aguda afeta principalmente as articulações dos ombros, joelhos e coxofemorais. As menos acometidas por este tipo de artrite são as articulações dos tornozelos, cotovelos e punhos.


A Artrite Psoríaca possui esta definição em decorrência da doença de pele denominada psoríase. Assim sendo, a articulação pode ser seriamente prejudicada por esta doença.


A Atrite Reumatóide (AR) é uma doença auto-imune, ou seja, o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos, neste caso, o alvo será sua própria cartilagem e revestimento articular. Esta doença causa inflamação e vermelhidão da articulação acometida, além de inchaço, dor, calor e perda da função.


A seguir falaremos mais sobre a Artrite Reumatóide, o que é, diagnóstico e tratamento.


Na AR a forma mais freqüente de início da doença é artrite simétrica (por exemplo: os dois punhos, os dedos das duas mãos) e aditiva (as primeiras articulações comprometidas permanecem e outras vão se somando). Costuma ser de instalação lenta e pouco agressiva, localizando-se inicialmente nas pequenas articulações das mãos.


Uma característica é a rigidez matinal, após uma noite de sono, os pacientes amanhecem com importante dificuldade em movimentar as articulações, a qual permanece por mais de 1 hora. Alguns pacientes queixam-se de mal-estar, fadiga e dor muscular que podem acompanhar ou anteceder a artrite.


O termo artrite quer dizer inflamação nas articulações. Embora a inflamação se limite à membrana articular, a articulação aparece inchada, vermelha e tumefata. À medida que o processo inflamatório avança, ocorrem deformações na região afetada com possibilidade de tornar a estrutura inválida. Com isso, há a probabilidade do surgimento de nódulos que invadem e destróem a cartilagem, podendo afetar outros órgãos como o coração, o fígado, os pulmões, os rins, as artérias e o sistema nervoso periférico. Nestes casos, existem sintomas diferenciados, de acordo com o órgão.


O principal sintoma é a dor, proporcional ao grau de inflamação. A princípio, se dá com os movimentos ou pressão sobre a articulação afetada, com a progressão da doença, a dor se manifesta em repouso e acompanhada de atrofia muscular. Ainda, pode ocorrer febre, perda de apetite e de peso. Para a artrite, infelizmente, não existem formas de prevenção.


O diagnóstico é feito pelo médico por meio de uma consulta com uma história e exame físico completos, que incluem busca de sintomas de atividade da doença, avaliação do estado funcional atual evidências objetivas de inflamação articular, problemas mecânicos articulares, presença de comprometimento extra-articular e de lesão radiográfica. O médico poderá solicitar exames complementares que incluem: hemograma completo, velocidade de hemossedimentação, função renal, enzimas hepáticas, exame qualitativo de urina, fator reumatóide, análise do líquido intra-articular, radiografia das articulações das mãos, dos pés e das demais articulações comprometidas.


O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são extremamente importantes para o controle adequado da artrite, prevenindo a incapacidade funcional e lesão articular irreversível. Os objetivos principais do tratamento são: prevenir ou controlar a lesão articular, prevenir a perda de função, diminuir a dor e maximizar a qualidade de vida.


O tartamento inclui medicamentos como Anti-inflamatórios não esteróides, analgésicos e corticóides (ou corticoesteróides) a serem prescritos pelo médico. O tratamento também pode incluir a fisioterapia e prescrição de exercícios físicos.


O repouso durante um curto período de tempo pode ser benéfico para pacientes com doença grave e dolorosa a ser prescrito por um médico. Já para pessoas com sintomas leves e moderados a estratégia terapêutica deverá contemplar períodos alternados de atividades e repouso. A imobilização ou restrição dos movimentos quando prescrita tem como objetivo aliviar as dores pela estabilização articular, contenção e realinhamento. Sua utilização deve ser feita mediante orientação médica.


O tratamento não medicamentoso inclui a prescrição de exercícios terapeuticos. Deve existir um equilíbrio importante entre o exercício e o descanso para o paciente com artrite.


O exercício é muito importante para todos os doentes reumáticos. O músculo, quando bem trabalhado e de forma equilibrada e constante, ajuda muito a que o impacto da doença seja menor. A regra é fazer exercício de acordo com as suas capacidades de forma regular. Não deve exagerar, mas não deve parar de fazer exercício por causa da doença. Ao contrário do que se pensa, o exercício adaptado ao seu caso pode reduzir o cansaço e melhorar o seu vigor e a sua capacidade física, assim como a sensação de bem-estar.


Com o PILATES, é possível realizar uma gama de exercícios com segurança e com efetividade. Em períodos de pico dos sintomas, o programa da aula é direcionado principalmente à mobilização das articulações, mantendo os cuidados apropriados para evitar o cansasso e sobrecarga, assim evitando que os sintomas se intensifiquem.


Quando as crises passarem, as dores e os inchassos diminuirem, a prescrição dos exercícios de PILATES podem progredir aos poucos, sem exageros, com a possibilidade de enfocar também nesse momento, o equilíbrio muscular através da força e flexibilidade dos músculos debilitados de forma que as articulações sejam preservadas. Além disso, o PILATES proporcionará uma grande consciência corporal ao indivíduo, que somado às capacidades físicas potencializadas em uma estrutura corporal equilibrada, resultará em um padrão de movimento mais eficiente e econômico, haverá então menos gasto de energia e as articulações estarão mais protegidas nas atividades da vida diárias.


É importante que o profissional e o próprio portador da artrite reumatóide preste muita atenção ao jeito e sensações dos movimentos, facilitando assim a adaptação ao programa de exercícios. Procure sempre um bom profissional habilitado no método Pilates.