Um dos nomes mais
conhecidos na ortopedia é o da bursite,
que é utilizado quando a bursa está inflamada. A bursa é uma bolsa presente em
algumas articulações, preenchida por liquído e que tem a função de facilitar o
deslizamento de tendões na articulação e também proteger proeminências ósseas.
Atua como uma “almofada”. Encontramos bursas em diversas articulações, sendo as
mais importantes: ombro, quadril, cotovelo, joelho, tornozelo e pé.
Existem várias causas
para ocorrer uma bursite: excesso de movimentos, traumas, infecção, processos
reumatológicos e gota. Frequentemente, acontece em esportes que exijam
movimentos do braço por sobre a cabeça, tais como natação, tênis e arremesso.
Também é comum, em atividades como carpintaria e pintura.
Sintomas
Toda vez que você move
o ombro de modo a contrair ou irritar a bolsa inflamada há uma reação de dor.
No topo do ombro, a bursite provoca dor quando você estende o braço
lateralmente ou quando o volta para frente com a palma da mão virada para
baixo. Estando a bursite localizada na parte posterior do ombro, a dor se
manifesta pela torção do braço em ambas as direções. Pode haver também uma
sensação de “mordida” num determinado ponto do movimento do ombro.
É difícil distinguir a
dor da bursite e a de um estiramento de músculo ou tendão. A principal
diferença é que a segunda se manifesta pelo acionamento ou alongamento do
músculo, ao passo que a primeira está relacionada com o movimento do ombro,
mesmo estando você completamente relaxado, por exemplo se deixa os braços
oscilarem à deriva na superfície da água numa piscina. A bursite pode tornar-se
mais dolorosa, se o problema se agravar, mas a dor será sentida sempre no mesmo
lugar, toda vez que a bolsa é contraída numa posição que a irrite.
Pode apresentar pequeno
edema e calor.
Tipos
Bursite
Subdeltóidea Aguda:
A bursite subdeltóidea
aguda é a causa mais frequente da limitação da mobilidade articular que não
respeita as proporções capsulares. Esta doença tem início súbito, atingindo seu
apogeu em apenas três dias. O paciente refere dores de intensidade progressiva,
inicialmente localizadas no ombro e projetando-se em seguida até o punho. O
exame revela acentuada limitação da mobilidade. Esta afecção difere do padrão
capsular pela limitação predominante da abdução, enquanto a rotação externa se
revela praticamente normal. As dores costumam ser muito intensas durante os
primeiros dez dias; a cura espontânea leva cerca de seis semanas. É
perfeitamente possível que ocorra uma recaída dentro dos cinco anos seguintes,
seja no mesmo ombro, seja no lado oposto. A calcificação do tendão do músculo
supra-espinhal é capaz de provocar a bursite aguda, quando os sais de cálcio se
distribuem de repente na luz da bolsa subdeltóidea. A bursite aguda pode
também ser a primeira manifestação de um processo reumático.
Bursite
Subdeltóidea Crônica:
Pode ser primária ou
secundária, em analogia ao que ocorre com afecções da articulação
acrômio-clavicular. Todavia, cumpre assinalar que a bursite crônica não
apresenta a continuação ou a sequela tardia da bursite agida. Essa última é uma
doença inteiramente à parte.
A bursite crônica
“primária” pode ocorrer em qualquer período etário entre os 15 e 65 anos.
Parece ser secundária a alguma outra afecção do ombro, geralmente de natureza
degenerativa, a qual por si só não provoca sintomas.
A bursite crônica
secundária é muito mais frequente que a forma primária. Trata-se sempre de sequela
de alguma afecção do manguito, de alguma patologia da articulação
acrômio-clavicular ou da presença de irregularidades no acrômio e/ou no grande
tubérculo (após fratura, por exemplo).
Bursite
Subcoracóide:
A bursite subcoracóide
manifesta-se por limitação dolorosa da rotação interna e a abdução permanecem
normais. A rotação externa é completa quando executada passivamente, no ombro
mantido em abdução de 90°. Nesta afecção, a dor é mais intensa durante a adução
passiva horizontal, praticada adiante do corpo.
Tratamento
Medicamentos como
antiinflamatórios e corticosteróides (infiltração ou uso sistêmico) são úteis
no processo inflamatório. É importante não realizar a auto-medicação, procure
um médico para que sejam realizados exames e seja prescrita a medicação ideal
para cada caso.
Compressas de gelo são
muito indicadas e tem bons resultados.
Tratamento (em termos
de Fisioterapia)
Fase
aguda
Para aliviar a dor e
promover cicatrização, é necessário repouso da parte afetada pelo processo
inflamatório, colocando a tipóia para evitar irritação contínua da bolsa.
Contudo, uma imobilização completa pode levar à aderência de fibrilhas em
desenvolvimento de tecido vizinho, enfraquecimento do tecido conectivo e
alteração na cartilagem articular, pelo que, é importante serem realizados
períodos intermitentes de movimento controlado para manter amplitudes e inibir
a dor.
Devem ser utilizadas
técnicas leves (movimentos passivos) de mobilização articular na articulação
gleno-umeral dentro do limite da dor e exercícios pendulares.
Fase
subaguda
Nesta fase a função
deve ser recuperada sem se irritar a bolsa. É um período de transição durante o
qual o movimento ativo pode iniciar e progredir com cuidado. Se a atividade é
mantida dentro de dosagem e frequência seguras, os sintomas de dor e edema irão
diminuir progressivamente a cada dia. A resposta do paciente é o melhor guia
para saber com que velocidade e intensidade deve ser a progressão.
Devido ao uso restrito
da região lesada, ocorre certo enfraquecimento muscular, pelo que, inicialmente
se devem aplicar movimentos isométricos dentro da tolerância do paciente,
começando cautelosamente com resistência leve e ir progredindo para exercícios
isotônicos com resistência conforme for tolerado.
Pilates
Com a prática do
PILATES, a qualidade e o equilíbrio muscular serão enfatizados através de exercícios
específicos de força, flexibilidade e estabilização. Conseguimos atuar desde o
início do tratamento realizando um tratamento individualizado para cada caso e
assim podemos tratar e também prevenir novas lesões e/ou recorrências das
antigas.
Um post com exercícios
do método Pilates será publicado mais adiante!
Fontes:www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=750
www.fisionet.com.br/patologias/interna.asp?cod=1
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