A diferença - Artrite x Artrose
Artrite
O termo Artrite é utilizado para definir uma alteração inflamatória que acomete a articulação. Qualquer pessoa, quando submetido a determinados esforços mais intensos ou mesmo traumáticos, pode desenvolver um quadro inflamatório da articulação que, nesta fase aguda, recebera a denominação de artrite. A artrite (inflamação da articulação) pode ser sintoma de inúmeras doenças, sendo sempre de vital importância o diagnóstico da doença que originou a inflamação. A artrite dos esportistas, como regra é traumática e deve ser diferenciada daquela das outras doenças reumatológicas, dos processos infecciosos, das doenças microcristalinas e também, da Artrite Reumatóide, esta sim uma doença específica sobre a qual falamos no post anterior.
A Artrose
Os termos Osteoartrose, Osteoartrite e Artrose definem uma mesma doença. O prefixo "artro", vem do grego "arthros" e significa articulação, e a ele juntamos o sufixo "ose" que significa degeneração. Os termos Osteoartrite e Osteoartrose surgiram posteriormente, para exemplificar melhor a doença Artrose, quando foi descoberto que o osso sub condral (embaixo da cartilagem) participava no processo fisiopatológico da doença. Fisiologicamamente ela é um processo degenerativo articular que resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a reparação da mesma.
Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que possuem algum grau de movimentação entre eles. São exemplos de articulações os joelhos, os tornozelos, os dedos das mãos, os dos pés, o quadril, as vértebras da coluna, os ombros, os cotovelos, os punhos, a mandíbula etc.. Em todas estas articulações está presente o tecido cartilaginoso. A função básica da cartilagem articular é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque quando submetido à forças de pressões (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou de tração, como no caso dos membros superiores.
Para que este movimento de atrito entre dois ossos seja diminuído, outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que ajudam a manter unidas e estáveis as articulações. A Osteoartrose é, do ponto de vista médico, dividida em dois grandes grupos.
O primeiro denominado de Osteoartrose Primária, é formado por aqueles indivíduos que já possuem um patrimônio genético, que faz com que a patologia se desenvolva independentemente de fatores externos. O segundo grupo, denominado de Osteoartrose Secundária, é formado por pessoas que, em virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período da sua vida, passam a apresentar a patologia. Fazem parte deste grupo os indivíduos muito obesos, os que sofreram algum traumatismo articular (entorses, fraturas, luxações), os que sofreram algumas alterações hormonais específicas, os que executam esportes com micros traumatismos de repetição etc...
Aspectos epidemiológicos – A doença é de caráter crônico, de evolução lenta e sem comprometimento sistêmico de outros órgãos, afetando as articulações periféricas e axiais, mais freqüentemente as que suportam peso. Na grande maioria dos indivíduos se desenvolve de maneira silenciosa. Incide, predominantemente, no sexo feminino, na idade adulta entre a 4ª e 5ª décadas e no período da menopausa, sendo que esta incidência aumenta com a idade. Abaixo dos 40 anos, a freqüência é semelhante, em ambos os sexos sendo, esta patologia, um tanto quanto incomum. A incidência desta patologia aumenta com a idade, estimando-se atingir 85% da população até os 64 anos sendo que, aos 85 anos é ela universal.
Fatores de Risco - São apontados dois grandes grupos de fatores de risco para esta patologia. O primeiro decorrente da suscetibilidade individual e o segundo derivado dos fatores mecânicos. São considerados fatores de suscetibilidade individual a hereditariedade, fatores hormonais, obesidade, hipermotilidade, doenças metabólicas. São considerados fatores mecânicos os macro traumas, traumas repetitivos localizados, sobrecargas esportivas, uso inadequado de aparelhos de musculação, alteração da biomecânica normal da articulação. Em muitos destes fatores de risco há como se intervir, através de uma correção ou tratamento precoce, tentando evitar o aparecimento desta patologia. Perda de peso, equilíbrio e controle hormonal, orientação esportiva correta, uso de calçados adequados, correção de posturas, são medidas úteis e que podem ser adotadas precocemente.
Sintomas: Antes da dor, os pacientes podem reclamar de desconforto articular ou ao redor das articulações e cansaço. Posteriormente, aparece dor e, mais tarde, deformidades e limitação da função articular. No início, a dor surge após uso prolongado ou sobrecarga das articulações comprometidas. Mais tarde, os pacientes reclamam que após longo período de inatividade como dormir ou sentar-se por muito tempo há dor no início do movimento que permanece alguns minutos. Na Osteoartrite de quadris e joelhos, subir e descer escadas fica mais difícil assim como caminhadas mais longas. A inflamação pode produzir aumento do líquido intra-articular. Nestas situações a dor aumenta, os movimentos ficam mais limitados e a palpação articular evidencia calor local além da presença do derrame. Acredita-se que só o fato de uma articulação estar comprometida já é suficiente para que se desenvolva atrofia muscular, mas certamente a falta de movimentos completos e a inatividade são fatores coadjuvantes importantes.
Tratamento: O tipo de tratamento depende da gravidade, do acometimento e das particularidades do paciente. Pode incluir tanto tratamentos com ou sem medicamentos, que visam não somente aliviar a dor, mas sobretudo preservar a função da articulação em questão. Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios são prescritos pelos médicos em alguns casos como também drogras condroprotetoras. As terapias não medicamentosas são caracterizadas pela informação e consientização do paciente, dieta balanceada e sem excesso de gorduras, para evitar o sobrepeso e exercícios com prescrição apropriada. A redução de peso é importante quando existe acometimento das articulações de carga (coxofemurais, joelhos e tornozelos).
Os cuidados apropriados podem causar diferenças significativas na qualidade de vida do paciente, podendo evitar que a artrose cause maiores danos. Desta forma, o PILATES vem apresentando resultados excelentes a melhora da qualidade de vida dessas pessoas. A prática do método ajuda a amenizar as dores, porque fortalece a musculatura, desenvolve a flexibilidade e o controle motor. Há um grande repertório de exercícios de Pilates que visam a funcionalidade, a organização e fortalecimento da cintura escapular, tronco e braços, bem como o complexo lombar-pélvico dos quadris, pernas e pés. Os exercícios focam a amplitude articular, alongamentos e reforço muscular, fundamentais para a prevenção dos sintomas dolorosos.
Apesar de não ter cura, a artrose pode e deve ser controlada, mantendo-se um bom padrão de qualidade de vida. Portanto, previna-se!!
O termo Artrite é utilizado para definir uma alteração inflamatória que acomete a articulação. Qualquer pessoa, quando submetido a determinados esforços mais intensos ou mesmo traumáticos, pode desenvolver um quadro inflamatório da articulação que, nesta fase aguda, recebera a denominação de artrite. A artrite (inflamação da articulação) pode ser sintoma de inúmeras doenças, sendo sempre de vital importância o diagnóstico da doença que originou a inflamação. A artrite dos esportistas, como regra é traumática e deve ser diferenciada daquela das outras doenças reumatológicas, dos processos infecciosos, das doenças microcristalinas e também, da Artrite Reumatóide, esta sim uma doença específica sobre a qual falamos no post anterior.
A Artrose
Os termos Osteoartrose, Osteoartrite e Artrose definem uma mesma doença. O prefixo "artro", vem do grego "arthros" e significa articulação, e a ele juntamos o sufixo "ose" que significa degeneração. Os termos Osteoartrite e Osteoartrose surgiram posteriormente, para exemplificar melhor a doença Artrose, quando foi descoberto que o osso sub condral (embaixo da cartilagem) participava no processo fisiopatológico da doença. Fisiologicamamente ela é um processo degenerativo articular que resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a reparação da mesma.
Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que possuem algum grau de movimentação entre eles. São exemplos de articulações os joelhos, os tornozelos, os dedos das mãos, os dos pés, o quadril, as vértebras da coluna, os ombros, os cotovelos, os punhos, a mandíbula etc.. Em todas estas articulações está presente o tecido cartilaginoso. A função básica da cartilagem articular é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque quando submetido à forças de pressões (como no caso do quadril, joelho, tornozelo e pé), ou de tração, como no caso dos membros superiores.
Para que este movimento de atrito entre dois ossos seja diminuído, outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis específicos como no caso do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e, dos ligamentos, que ajudam a manter unidas e estáveis as articulações. A Osteoartrose é, do ponto de vista médico, dividida em dois grandes grupos.
O primeiro denominado de Osteoartrose Primária, é formado por aqueles indivíduos que já possuem um patrimônio genético, que faz com que a patologia se desenvolva independentemente de fatores externos. O segundo grupo, denominado de Osteoartrose Secundária, é formado por pessoas que, em virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período da sua vida, passam a apresentar a patologia. Fazem parte deste grupo os indivíduos muito obesos, os que sofreram algum traumatismo articular (entorses, fraturas, luxações), os que sofreram algumas alterações hormonais específicas, os que executam esportes com micros traumatismos de repetição etc...
Aspectos epidemiológicos – A doença é de caráter crônico, de evolução lenta e sem comprometimento sistêmico de outros órgãos, afetando as articulações periféricas e axiais, mais freqüentemente as que suportam peso. Na grande maioria dos indivíduos se desenvolve de maneira silenciosa. Incide, predominantemente, no sexo feminino, na idade adulta entre a 4ª e 5ª décadas e no período da menopausa, sendo que esta incidência aumenta com a idade. Abaixo dos 40 anos, a freqüência é semelhante, em ambos os sexos sendo, esta patologia, um tanto quanto incomum. A incidência desta patologia aumenta com a idade, estimando-se atingir 85% da população até os 64 anos sendo que, aos 85 anos é ela universal.
Fatores de Risco - São apontados dois grandes grupos de fatores de risco para esta patologia. O primeiro decorrente da suscetibilidade individual e o segundo derivado dos fatores mecânicos. São considerados fatores de suscetibilidade individual a hereditariedade, fatores hormonais, obesidade, hipermotilidade, doenças metabólicas. São considerados fatores mecânicos os macro traumas, traumas repetitivos localizados, sobrecargas esportivas, uso inadequado de aparelhos de musculação, alteração da biomecânica normal da articulação. Em muitos destes fatores de risco há como se intervir, através de uma correção ou tratamento precoce, tentando evitar o aparecimento desta patologia. Perda de peso, equilíbrio e controle hormonal, orientação esportiva correta, uso de calçados adequados, correção de posturas, são medidas úteis e que podem ser adotadas precocemente.
Sintomas: Antes da dor, os pacientes podem reclamar de desconforto articular ou ao redor das articulações e cansaço. Posteriormente, aparece dor e, mais tarde, deformidades e limitação da função articular. No início, a dor surge após uso prolongado ou sobrecarga das articulações comprometidas. Mais tarde, os pacientes reclamam que após longo período de inatividade como dormir ou sentar-se por muito tempo há dor no início do movimento que permanece alguns minutos. Na Osteoartrite de quadris e joelhos, subir e descer escadas fica mais difícil assim como caminhadas mais longas. A inflamação pode produzir aumento do líquido intra-articular. Nestas situações a dor aumenta, os movimentos ficam mais limitados e a palpação articular evidencia calor local além da presença do derrame. Acredita-se que só o fato de uma articulação estar comprometida já é suficiente para que se desenvolva atrofia muscular, mas certamente a falta de movimentos completos e a inatividade são fatores coadjuvantes importantes.
Tratamento: O tipo de tratamento depende da gravidade, do acometimento e das particularidades do paciente. Pode incluir tanto tratamentos com ou sem medicamentos, que visam não somente aliviar a dor, mas sobretudo preservar a função da articulação em questão. Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios são prescritos pelos médicos em alguns casos como também drogras condroprotetoras. As terapias não medicamentosas são caracterizadas pela informação e consientização do paciente, dieta balanceada e sem excesso de gorduras, para evitar o sobrepeso e exercícios com prescrição apropriada. A redução de peso é importante quando existe acometimento das articulações de carga (coxofemurais, joelhos e tornozelos).
Os cuidados apropriados podem causar diferenças significativas na qualidade de vida do paciente, podendo evitar que a artrose cause maiores danos. Desta forma, o PILATES vem apresentando resultados excelentes a melhora da qualidade de vida dessas pessoas. A prática do método ajuda a amenizar as dores, porque fortalece a musculatura, desenvolve a flexibilidade e o controle motor. Há um grande repertório de exercícios de Pilates que visam a funcionalidade, a organização e fortalecimento da cintura escapular, tronco e braços, bem como o complexo lombar-pélvico dos quadris, pernas e pés. Os exercícios focam a amplitude articular, alongamentos e reforço muscular, fundamentais para a prevenção dos sintomas dolorosos.
Apesar de não ter cura, a artrose pode e deve ser controlada, mantendo-se um bom padrão de qualidade de vida. Portanto, previna-se!!